sábado, 31 de agosto de 2013

O Evangelho Segundo São Mateus: O Evangelho Segundo Pasolini



Dirigido pelo italiano Pier Paolo Pasolini (Salò ou 120 Dias de Sodoma), a obra retrata fielmente a vida de Jesus Cristo segundo o Evangelho de São Mateus. Desde o seu nascimento, os milagres, suas pregações até sua morte e ressurreição.
Este filme me surpreendeu em vários aspectos. Primeiro porque para quem não conhece o diretor italiano Pasolini, atrevo-me a dizer que ele foi um gênio incompreendido não só na sua época como também nos dias atuais.
Pasolini era assumidamente homossexual, ateu e comunista. Todos os seus filmes são uma crítica à política italiana e à igreja católica que influenciava diretamente na política da época. Em Salò, sua última obra e talvez a mais criticada, Pasolini utilizou um conto do Marquês de Sade e transformou em uma grande denúncia não só contra o fascismo, mas contra todos os regimes ditatoriais. Infelizmente foi assassinado de forma brutal e a causa ainda é desconhecida, embora no filme Nerolio que retrata os últimos dias de vida do diretor, mostra que ele foi espancado até a morte por um garoto de programa, mas existe a hipótese de ter sido uma emboscada política.
Amado e odiado, Pasolini quando lançou O Evangelho Segundo São Mateus, muitos não entenderam já que ele era ateu. O que queria Pasolini com um filme que mostrava a vida de Jesus Cristo? Eu mesma fiquei surpresa. Se estamos falando de um diretor tão polêmico, esperava algo tão incompreendido quanto "A Última Tentação de Cristo" de Martin Scorsese.


No entanto, Pasolini fez uma obra belíssima, filmada em preto e branco com uma trilha sonora irretocável. O Jesus Cristo deste italiano não é como os dos americanos e europeus (representado sempre na figura de um homem loiro e com olhos azuis, como se no oriente-médio fosse fácil encontrar alguém com tais características). Pasolini escolheu um ator amador ( ele gostava de trabalhar com amadores), alto, moreno, com sobrancelhas grossas para fazer o papel de Jesus. Já saiu do estereótipo de vários filmes sobre a vida de Cristo que foram lançados nesta época.
Mas enfim, o que levou um ateu filmar a vida de Cristo? Modismo? Não. Depois de muito pensar, cheguei à conclusão que não foi por modismo e muito menos por fé, mas por política. Pasolini sendo comunista admirava a figura de Jesus Cristo que era um reacionário, lutava contra o sistema opressor, estava sempre à favor dos mais humildes e indefesos e não seria esta uma das premissas do comunismo?
Não estou querendo dizer com isto caro leitor que Jesus era comunista, mas talvez era para Pasolini, ou talvez Pasolini acreditava na existência de Cristo e admirava o trabalho e a coragem que ele teve, ironicamente morrendo por questões políticas.


Filmado em algumas terras áridas da Itália a fotografia é bela, olhares que expressam dor, alegria, a música que toca a alma. Pasolini conseguiu transformar a vida de Cristo em poesia. É uma obra imperdível de um dos maiores cineastas de todos os tempos e que ainda conta com a participação de sua mãe, Sussana Pasolini no personagem de Maria já com idade mais avançada.
Link para assistir online: O Evangelho Segundo São Mateus

Cotação: 5 estrelas

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Drácula de Bram Stoker: Romance e Luxúria



No ano de 1462, Constantinopla havia sido tomada. Na  Transilvânia surge um cavaleiro da Ordem dos Dragões para defender a cristandade na Europa. Draculea (Gary Oldman) parte em uma difícil missão deixando para trás sua amada Elizabeta (Winona Rider), que recebe a falsa notícia de que seu noivo tinha morrido. Desesperada ela suicida-se. A igreja a amaldiçoa e Draculea renuncia Deus e todos os seus princípios cristão tornando-se uma criatura das trevas perambulando por quase quatro séculos.
Quando contrata um advogado Jonathan (Keanu Reeves) para comprar alguns terrenos em Londres, descobre que Jonathan é noivo de Mina a reencarnação da sua Elisabeta. O excêntrico conde faz de Jonathan prisioneiro para reencontrar seu amor eterno.
Filme dirigido por Francis Ford Coppola (Apocalipse Now) de 1992, ganhador de três oscars: melhores efeitos sonoros, melhor figurino e melhor maquiagem.
Este filme já tem 23 anos e posso me arriscar a dizer que tornou-se um grande clássico dos anos 90. À priori, era para ser rodado para a TV, no entanto, o roteiro chegou nas mãos de Winona Rider e o entregou a Coppola, decidindo então dirigi-lo.
Confesso que nada entendo de vampiros, e não li o livro de Bram Stoker, por isso não poderei dizer se o roteiro foi ou não fiel ao livro. O que nós leigos sabemos é que vampiros são criaturas que vivem nas trevas, seres do mal e que devem ser combatidos com água benta, crucifixos, alho, estaca e uma parafernália sem fim.
Mesmo com a minha ignorância sobre o tema: "vampiros", acredito que Bram Stocker conseguiu dar um pouco de "humanidade" ao temível Conde e Coppola soube retratar de forma brilhante o que acabo de escrever. O sentimento que temos por Drácula é o de compaixão, e em alguns momentos sedução.


Toda a produção do filme, figurino, as músicas de fundo, maquiagem, o clima totalmente misterioso .contribuíram para que esse clássico se tornasse um romance gótico. Sim! Em alguns sites ele esta classificado como terror, mas é um drama sobre o amor romântico que atravessa séculos, que é imortal.
Vejo também como os personagens ficam divididos entre o bem e o mal. Algo tão típico do ser humano! O comportado Jonathan não resiste à tentação das três vampiras, Lucy a melhor amiga de Mina, se entrega a uma criatura que era meio lobo e meio humano, Mina mesmo sendo a reencarnação de Elisabeta, coloca em dúvidas seus sentimentos à respeito do noivo, mostrando-se completamente entregue ao "príncipe".
Percebo nessas nuances um certo paralelo que o autor do livro fez, com a nossa capacidade de nos sentirmos atraídos pelo obscuro. Não precisamos necessariamente fazer mal a ninguém, mas há um lado sádico ou masoquista que às vezes nos faz pensar: "será mesmo essa vida pacata e certinha que desejo para mim?"
Ainda contamos com a ilustre presença de Antony Hopkins no papel de Professor Van Helsing. Como podem ver o elenco é de peso, exceto pela famigerada atuação de Keanu Reeves, um ator que sempre esteve muito abaixo do esperado. Uma atuação medíocre!
A história além de romântica é pura luxúria! Coppola soube utilizar muito bem o encanto das belas mulheres, sem ser apelativo. As cenas são de uma sensualidade primorosa, e Gary Oldman apesar de ter desaparecido debaixo daquela maquiagem, tenho quase certeza de que seu Drácula permeia ainda a imaginação de muitas mulheres.


É um clássico que você não pode deixar de assistir. Link para assistir online: Drácula de Bram Stocker

Cotação: 4 estrelas

domingo, 18 de agosto de 2013

Irreversível: Vingança e Machismo



Filme francês de 2002 dirigido por Gaspar Noé (We Fuck Alone), com Vincent Cassel (Marcus), Monica Bellucci (Alex) e Albert Dupontel (Pierre).
O filme narra uma história de vingança de trás para frente protagonizada por Marcus e Pierre. Alex, namorada de Marcus foi estuprada e brutalmente espancada. Na primeira cena vemos os dois amigos desesperados atrás do criminoso. O que vem a seguir são os fatos que os levaram àquele ponto.
Fazia tempo que precisava ver este filme, mas por questões pessoais não consegui. Como já devem saber, há duas cenas fortemente violentas: a cena em que Pierre atinge o rosto do estuprador com um extintor de incêndio e a tão famosa cena de Alex sendo estuprada. Esta é uma longa sequência em que nenhum telespectador (mesmo os que têm nervos de aço) consegue sair imune diante de tanta barbárie cometida contra uma mulher.
Finalmente consegui me desfazer do que me impedia de assisti-lo. Este filme sempre esta na lista dos mais violentos, dos mais chocantes, etc. Portanto, mesmo tendo achado o filme razoável, não aconselho às pessoas mais sensíveis, mesmo achando que às vezes você precisa se deparar com o que você acha que esta distante de você, mas não esta. Uma mulher pode estar sendo atacada ao lado da sua casa enquanto você assiste a saga "Crepúsculo".
Já no início nos deparamos com os créditos finais de trás para frente, e em seguida vem Gaspar Noé com sua câmera girando em torno de Marcus e Pierre, o jogo de luzes que às vezes causam certo incômodo. Aliás, me parece que Gaspar Noé gosta de brincar com câmeras e luzes. No curta-metragem "We Fuck Alone" há até uma advertência para que pessoas epiléticas não o assistam justamente por esta razão.
Não assisti "We Fuck Alone" por considerar o curta machista quando foca justamente na masturbação masculina, e particularmente não estava interessada em assistir um garoto que se masturba com uma boneca inflável. É por isso que quando me descrevo para o blog digo: "não me considero cinéfila", entendo como "cinéfilo" quem assiste de tudo, e devo confessar que sou bastante seletiva nas minhas escolhas.
Irreversível não é um grande filme, e esta longe de ser uma obra-prima como já vi muitos comentários. Não há nada de inovador no roteiro e sei que serei crucificada por isso porque o filme tornou-se um verdadeiro cult.
Se formos analisar friamente a obra o que temos? Um homem que quer vingar o estupro da sua mulher. É só isso. Gaspar Noé usou um assunto clichê para chocar e confundir a plateia com as cenas de violência explícita e a história de trás para frente. Não vi nenhum mérito nisso, portanto, utilizo uma expressão ainda mais clichê que o filme: superestimado.
E como se não bastasse o roteiro fraco, uma mesmice, Gaspar Noé coloca o machismo ali nas entrelinhas para que os telespectadores menos desatentos não percebam. E de fato não percebem porque tudo que o sadismo cinéfilo pede é para ver Monica Bellucci sendo estuprada e espancada por quase dez minutos. Talvez por isso essas nuances tenham passado despercebidas.


Onde esta o machismo? Ora, em um diálogo entre Alex, Marcus e Pierre (que foi namorado de Alex), Marcus e Pierre começam a comentar sobre a intimidade que cada um teve com Alex, objetificando-a, enquanto ela ri e começa a orientar sexualmente Pierre sobre como ele deveria agir com as mulheres, e Marcus não se importa. Esta cena inclusive foi rodada dentro de um metrô, enquanto os três estavam indo para uma festa e Alex vestia uma blusa por cima do vestido. Quando ela vai embora da festa, cadê a blusa? Seria erro de gravação?
Os três chegam na festa e Marcus parece um adolescente. Deixa a namorada sozinha, cheira cocaína, beija outras mulheres, enquanto Pierre pede para que ele não faça aquilo. Marcus pouco se importa com sua namorada, tudo era diversão e em uma conversa com Alex, os dois começam a discutir e ela vai embora irritada e sozinha.
Aí volto na cena inicial quando Pierre e Marcus saem da festa, e Pierre demonstra uma certa preocupação com Alex e Marcus diz: "deixa pra lá, eu dei dinheiro para o táxi " Sem falar que a personagem de Bellucci é a típica mulher apaixonada e sonhadora, sensível, mas isso não é justificativa para aceitar as infantilidades do namorado.
Quando Alex entra no túnel para pegar o metrô, as cores mudam. As paredes ficam vermelhas, luzes piscando e nós já sabemos o que irá acontecer. Sim, sentimos vontade de impedir que Bellucci continue seu trajeto, mas ela é surpreendida com um homem espancando uma mulher. Quando tenta fugir, o predador a pega, e é aí que começa a tortura dela e a nossa.
Não desmereço a cena de violência, acredito que ela foi necessária. Como escrevi no início, às vezes precisamos entrar em contato com o que aparentemente esta longe da nossa realidade para que possamos pensar, refletir. E é exatamente isso que acontece, embora seja brutal e deprimente, não vamos ser hipócritas. O filme só alcançou certa fama porque tem uma mulher sendo explicitamente violada. As pessoas querem ver isso por diferentes razões: há os onanistas de plantão, há quem gosta realmente de filmes com esta temática, e há quem prefere refletir sobre tudo que aconteceu. Por exemplo, enquanto Alex estava naquele martírio, lá no fundo do corredor aparece um homem, e ele foge. Você o que faria se visse uma mulher sendo agredida na sua frente?
Outro ponto que podemos questionar é sobre a sede de vingança de Marcus. Ele estava tão obstinado que eu realmente não sei se o que ele queria era fazer justiça, ou se era novamente o machismo gritando, afinal, um desconhecido transou com sua mulher. É claro que há a revolta, o desespero, mas confesso que não pude definir muito bem a personalidade de Marcus.
Para mim, o grande mérito mesmo foi de Monica Bellucci por sua interpretação como a vítima da violência. Imagino que não deve ter sido fácil gravar esta cena, e mais ainda para uma mulher ter que transmitir tamanho sofrimento.
Depois de assistir ao filme, a pergunta que fica é: a vingança vale mesmo à pena? Quem saiu ganhando afinal?

Cotação: 3 estrelas

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Harvey: Nove minutos para desmistificar o mito do amor romântico


Curta-metragem canadense de 2001 dirigido por Peter Mcdonald que com pouco mais de nove minutos mostra o sofrimento de um homem incompleto, e que vê na sua vizinha a possibilidade de se sentir inteiro.
Devo dizer que Peter Mcdonald foi realmente um gênio em abrir um leque de interpretações para um curta que tem apenas nove minutos. E isso não é mostrado de forma simples. Minto! É mostrado de uma forma estranhamente simples.
Todo o filme foi rodado em preto e branco, isso contribuiu ainda mais para absorvermos o sofrimento de uma alma atormentada presa na solidão, pedindo desesperadamente que alguém a ajude, que a tire do abismo profundo e escuro. É isso que você vê na primeira cena: um homem preso em um quarto escuro pedindo socorro para sua vizinha. Ela entra assustada para seu apartamento e cumpre com suas obrigações.
Mais à frente vemos que o homem esta literalmente pela metade, como se tivesse sido cortado, e é exatamente esta vizinha que ele escolha para ser sua outra metade subjugando-a, forçando a uma situação que ela não queria.
Por que Peter Mcdonald desmistifica o amor romântico? Ora, no amor romântico sempre existe o "mito" da minha metade, "preciso encontrar alguém que me complete", e o diretor coloca abaixo essa visão pueril sem falas e com apenas nove minutos.
Algumas pessoas podem ficar chocadas, as mais sensíveis, as mais românticas, mas basta analisarmos a obra racionalmente para percebermos que essa "metade" não existe, ela é utópica.
Se você acredita que outra pessoa possa te completar, isso é quase como escravizar o outro, forçar o outro a te amar a qualquer custo. Se duas metades se unem, sempre sobra alguma coisa. E a pergunta que o filme nos leva a fazer é: "o que falta em mim?''
Não caros leitores, não estou escrevendo nada contra o amor. Pelo contrário! Eu o defendo. Mas não esse amor que fomos forçados a acreditar, que só seremos felizes se estivermos com alguém.
Sê inteiro! Ame sua própria companhia e o outro será complemento, e não um pedaço. E quando os dois corpos inteiros se unirem, nada sobrará e nem faltará. Sem isso, estamos fadados a sermos eternamente metades trancafiadas em um quarto escuro.

Cotação: 5 estrelas 

P.S: Obrigada ao amigo Jackson pela indicação.

sábado, 10 de agosto de 2013

A Outra História Americana e uma breve reflexão sobre o ódio.



Filme de 1998 dirigido por Tony Kaye ( Desapego) com Edward Norton e Edward Furlong nos personagens principais.
Derek (Eduard Norton) busca preencher seu vazio interno tornando-se um influente skinhead e disseminando discursos de ódio para que mais pessoas fizessem parte da gangue. 
Durante à noite, Derek mata dois negros que tentavam arrombar seu carro e é preso em flagrante. Três anos se passam e ele consegue sair na condicional, no entanto, Derek já não é mais o mesmo. Algo acontece dentro da penitenciária que o faz mudar, e agora ele luta para que seu irmão mais novo Danny (Edward Furlong) não siga os mesmos passos.
Quando assisti Desapego (um excelente filme por sinal, e que já foi comentado aqui), não fazia ideia que era do diretor Tony Kaye o mesmo que dirigiu A Outra História Americana. Já assisti incontáveis vezes e tornou-se o meu queridinho, assim como o diretor que fez um excelente trabalho em ambos os filmes.
Creio que o grande trunfo deste filme esteja na atuação consistente, forte e ao mesmo tempo sensível de Edward Norton que merecidamente concorreu ao Oscar de melhor ator. Simplesmente é impossível para mim imaginar outro ator no personagem de Derek, este foi o primeiro filme que assisti com ele e mesmo aqueles que não entendem desta parte técnica do cinema irão concordar comigo: Norton é um ator inquestionavelmente talentoso.
Um outro ponto que gosto bastante nesse filme são os flashbacks que Danny tem antes de Derek sair da cadeia. Os flashbacks são preto e branco talvez para combinar com aquela vida que Derek estava inserido. Ele estava com raiva do mundo porque o pai foi morto por um negro enquanto trabalhava, e isso bastou para que ele entrasse para um grupo de skinheads e odiasse qualquer um que não fosse americano, branco, loiro e com olhos azuis.
Na cena do assassinato em que Derek mata os dois negros, creio ter sido uma das cenas mais violentas que já assisti. Tudo continua em preto e branco, a polícia chega, Derek entrega a arma, se volta para a câmera com uma expressão sarcástica, e o orgulho de ter a suástica tatuada no peito. É um momento em que você até consegue ler o pensamento do personagem: "matei dois negros. Estou ajudando a limpar meu país e me orgulho disso"


Outro ponto interessante foi como Tony Kaye mostrou o quanto o ódio é contagioso. Eram negros contra brancos, brancos contra hispânicos, asiáticos, judeus. E aí nos perguntamos: de onde vem tudo isso? Por que? Creio que seja uma questão cultural. Judeus são perseguidos há mais de 5.000 anos, negros foram feitos escravos, tudo isso que você vê no filme e na vida real são resquícios da discriminação, do preconceito dos nossos antepassados que se julgavam superiores.
Não importam os motivos para tanto sangue derramado. Porque uma coisa não se pode negar: sangue de inocentes foi derramado em vão, tudo por causa da intolerância e o desrespeito com a religião do outro, a orientação sexual, a cor da pele, a cultura.
É na penitenciária que Derek conhece o que seus "irmãos brancos" são capazes, e ele então precisa fazer a difícil  escolha sobre qual caminho seguir dali em diante.
Creio que este filme pode servir de reflexão não só para questões neonazistas, mas também podemos refletir sobre nós mesmos. O que estamos levando dentro de nós? Toleramos as diferenças? Existe pelo menos respeito? No entanto, enquanto os créditos finais vão subindo, a pergunta que prevalece é: valeu à pena tanto ódio?
Se o roteiro do filme tivesse um olhar mais atento, certamente algum professor faria com que seus alunos o vissem. Eu enquanto pedagoga, gostaria muito de saber a opinião dos jovens sobre esta obra que abre um leque de temas para serem discutidos e pensados.

Link para assistir online: A Outra História Americana


"Seu ódio esta te consumindo. Ele esta dominando seu cérebro."

Cotação: 5 estrelas