Filme francês de 1988 dirigido por Bruno Nuytten (A vida de Albert), conta a história da escultora Camille Claudel (Isabelle Adjani), que em 1885 entra em conflito com sua família ao se tornar assistente e amante do já renomado escultor Auguste Rodin (Gérard Depardie) . Decidida a trabalhar por conta própria, Camille rompe com Rodin e cai em um abismo de solidão e paranoia.
Esta é uma obra para quem quer conhecer um pouco mais sobre esta grande artista Camille Claudel. Filha mais velha de uma família pequeno-burguesa, seu pai sempre apoiou seu talento e a matriculou nas melhores escolas de belas artes de Paris. O irmão mais novo Paul Claudel queria ser escritor, no entanto, o pai apostava no talento da jovem e impulsiva Camille, para desgosto da mãe que não acreditava e nem entendia o talento da filha.
Isabelle Adjani esteve fantástica no papel de Camille. Não foi por menos que ela ganhou o César (o Oscar francês por sua atuação). Creio que posso dizer o mesmo de Gérard Depardie, que fez um Rodin cheio de mulheres, mas que encontrou sua inspiração perdida em Camille.
Camille Claudel enfrentou a sociedade para fazer arte e para viver o amor. Teve a oportunidade de trabalhar como assistente de Rodin em uma exposição em Paris, no entanto, achou que já era hora de ter vida própria. Rompeu definitivamente com Rodin, alugou um apartamento, e começou a esculpir por conta própria. Graças a amigos influentes ela pode expor seu trabalho com sucesso de crítica, porém, sua genialidade já estava consumida pela loucura.
A verdadeira Camille Claudel
Camille fica paranoica e começa a acreditar que Rodin roubaria todas as suas peças e expô-las em seu nome. Ela acreditava em um complô, e com a morte do pai, Camille se isola definitivamente do mundo, sendo internada em 1915 pelo irmão. Camille Claudel ficou 30 anos em um sanatório, morrendo antes de completar 79 anos.
O filme me emocionou muitíssimo porque sempre ouvia falar de Camille Claudel, mas não imaginava que sua história fosse tão sofrida. E mais! Que sua história e sua obra se interligassem com a de Rodin.
Sem dúvidas foi uma mulher notável e o diretor teve muita sensibilidade em transmitir isso através da excelente Isabelle Adjani. Certamente é uma história que nos permite perguntar: existe alguma relação entre a criatividade e a loucura?
Não sou nenhuma especialista em esculturas, pinturas, mas creio que a obra de Camille Claudel deveria ser totalmente desvinculada da obra de Rodin, visto que seu período mais produtivo foi durante o rompimento com o escultor, período em que estava em profunda depressão, mas também um período de grande amadurecimento profissional.
Camille esculpindo.
Destaque para maquiagem, figurino, trilha sonora e fotografia que formaram um espetáculo à parte.
Cotação: 5 estrelas
Uma de suas estátuas denominada: Abandono
Cotação: 5 estrelas
Link para assistir online: Camille Claudel
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